segunda-feira, 17 de outubro de 2011

OMS pede medidas para reduzir consumo nocivo de álcool e o número de mortes relacionadas com o álcool

Estima-se que o consumo nocivo de álcool mate 2,5 milhões de pessoas no mundo inteiro por ano, afirma a Organização Mundial de Saúde (OMS), num relatório publicado hoje, em que exorta os governos a adoptarem medidas destinadas a prevenir os hábitos de consumo de bebidas que prejudicam a saúde e causam outros problemas sociais.
Segundo o Global Status Report on Alcohol and Health, o consumo nocivo de álcool está a afectar cada vez mais as jovens gerações e os bebedores nos países em desenvolvimento.
 
“Muitos países reconhecem os graves problemas de saúde pública causados pelo consumo nocivo de álcool e tomaram medidas  para prevenir as suas consequências para a saúde e para tratar os que necessitam de cuidados”, disse Ala Alwan, Subdirector-geral da OMS para as doenças não transmissíveis e a saúde mental. “É preciso fazer muito mais para reduzir o número de mortes e o sofrimento associados ao consumo nocivo de álcool”, acrescentou.
 
Segundo o relatório, cerca de 4% das mortes ocorridas no mundo estão relacionadas com o álcool e, na sua maioria, essas mortes são provocadas por lesões, cancro, doenças cardiovasculares  e cirrose hepática. A nível mundial, 6,2% do total de mortes de indivíduos do sexo masculino estão relacionadas com o álcool, em comparação com 1,1% das mortes de mulheres. 

Em 2015, o consumo mundial equivalia a 6,13 litros de álcool puro por pessoa com mais de 15 anos. A análise dos dados entre 2001 e 2005 mostra que, nos países das Regiões OMS das Américas, da Europa, do Mediterrâneo Oriental e do Pacífico Ocidental, o consumo se manteve relativamente estável, neste período, enquanto se registaram aumentos significativos em África e no Sudeste Asiático.
 
Apesar do consumo generalizado, a maioria das pessoas não bebe álcool. Cerca de metade dos homens e dois terços das mulheres não consumiam álcool em 2005, segundo os últimos dados que figram no relatório. As taxas de abstinência são baixas nos países de elevado rendimento e de elevado consumo, sendo elevadas nos países do Norte de África e do Sul da Ásia. Mas, nos países com uma taxa de abstenção elevada, as pessoas que bebem consomem maiores quantidades de álcool.