sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Brasil é o 5º país que mais procura orientações sobre saúde na internet, revela pesquisa

Londres - O número de pessoas que procuram orientação sobre saúde na internet deve subir muito à medida que os trabalhadores voltarem das festas de fim de ano, mas poucos irão checar a origem da informação, segundo uma pesquisa internacional divulgada nessa terça-feira. Um estudo de pesquisadores da London School of Economics (LSE) encomendado pela empresa Bupa, do setor privado de saúde, mostrou que com os notebooks e smartphones prestes a superar os computadores, mais informações sobre saúde estão disponíveis on-line e há mais meios de acessá-las do que antes.

A pesquisa da Bupa Health Pulse ouviu mais de 12 mil pessoas na Austrália, no Brasil, na Grã-Bretanha, na China, na França, na Alemanha, na Índia, na Itália, no México, na Rússia, na Espanha e nos Estados Unidos e descobriu que 81% das que têm acesso à internet usam a rede para obter orientações sobre saúde, remédios ou condições que requerem cuidados médicos.


Sete em cada dez pessoas com acesso à internet buscam informações sobre remédios na rede


Os russos são os que mais buscam orientação na internet, seguidos pelos chineses, indianos, mexicanos e brasileiros. Os franceses são os que menos recorrem às informações on-line sobre saúde, de acordo com o levantamento.


O estudo também constatou que 68% dos que têm acesso à internet a utilizam para buscar orientação sobre determinados remédios e quatro em cada dez procuram informações a respeito de experiências de outros pacientes sobre um problema de saúde. "As novas tecnologias estão ajudando mais pessoas em todo o mundo a saber mais sobre sua saúde e a tomar decisões mais bem fundamentadas. No entanto, as pessoas precisam se certificar de que a informação que encontram as ajudará a melhorar, e não a piorar", disse o pesquisador sênior David McDaid, da LSE.


Na Grã-Bretanha, onde a Bupa prevê que haverá 40 milhões de acessos a websites de saúde nessa semana, já que as pessoas tentam cumprir as resoluções de Ano Novo, os especialistas alertam que muita informação sobre saúde encontrada na internet não é checada e os usuários terão dificuldade em saber no que confiar.

Segundo a pesquisa, dos 73% dos britânicos que dizem utilizar a internet para obter orientação sobre saúde, mais de 60% procuram dados sobre remédios e 58% deles usam essa informação para se diagnosticar.


Mas somente um quarto das pessoas dizem checar a origem da orientação on-line. "Confiar em informação enganosa pode facilmente levar as pessoas a assumir riscos com tratamentos e exames inadequados, desperdiçar dinheiro e ter problemas desnecessários", afirmou Annabel Bentley, diretora médica da Bupa. "Além disso, as pessoas podem fazer uma checagem on-line e desconsiderar sintomas graves, em vez de buscar orientação com um médico".